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- quando surgiu a ideia de preparar um carro vencedor pra Copa Porsche:Parecia que a corrida seria legal e cheia, isso deu uma motivação.
- qual o material escolhido:O de sempre, usual usado na Turismo light, não usei nada de diferente.
- qual o critério para escolha das peças: O que foi realmente escolhido com critério foi o pneu e a transmissão, usei o pneu de cubo maior porque ao longo da corrida segura menos o carro - o de cubo pequeno acerta mais o carro, mas segura um pouco mais também - quanto a transmissão, usei coroa reta em vez da em angulo também por soltar um pouco mais o carro, apesar da reta ser bem mais 'perigosa' ao longo da prova e necessitar de capricho na montagem pra tracionar tão bem quanto a angulada - e pra durar.
- testou mais de uma carroceria: Até queria, mas não deu tempo.
- a montagem da carroceria faz diferença: Sim, a montagem da carroceria também teve um 'planejamento' e idéias e objetivos - isso não transforma o carro da agua pro vinho, mas é a adição de muitos detalhes juntos que dá diferença.
- a altura dos pneus como foi escolhida: É justamente a altura dos pneus que faz algumas pessoas acharem que meus motores tem algo de errado - uso pneu mais alto que a maioria, com o penalti óbvio disso dificultar o acerto do carro e a pilotagem.
O Ten também usa pneus bem altos, e o carro dele é claramente muito rápido e ao mesmo tempo difícil de andar.
- qual a relação usada: Usei o 12x38 que uso desde sempre, testei outras coisas ao longo dos campeonatos de Turismo Light, mas acabei concluindo que a relação é essa mesma e pronto e acabou.
-o carro era mais rápido do que os demais na classificação ou apenas um pouco mais rápido: Apenas um pouco mais rápido. Principalmente na classificação a vantagem era pequena, se é que existia - na corrida sim acho que eu tinha um pouco de vantagem, não por ser um pouco mais rápido, mas por ser um pouco mais rápido com consistência, em todos os momentos, em todas as fendas.
O carro do Ten é muito, muito rápido em uma volta, e eu sabia tinha que dar tudo certo na minha tomada, senão ele faria a pole. Decidi largar com pouco ou nenhum glub pra avaliar a pista - pois se largo com glub a mais, o prejuízo era certo - limpar é mais complexo que glubar, e a essa altura eu ja teria esquentado o motor. Por isso decidi glubar se necessário, o que acabou acontecendo após algumas voltas, e felizmente glubei na quantidade certa.
A tomada de tempo é um pouco díficil pra mim pois o braço dói muito e a mão fica dura de imediato - em corrida, depois que 'esquenta', melhora, mas como a tomada é só um minuto e entro frio, é bem difícil - dava pra virar um pouco mais rapido, mas dei por encerrado quando veio o 2.35 pois a essa altura o braço já tava literalmente enguiçado e eu não tinha mais como pilotar num nível de conseguir algo melhor.
- a diferença era a forma de tocar o carro: Não sei - o carro era muito bom e acho que fácil de andar, daí em diante era só pensar bem a corrida, fazer bons julgamentos e tomar boas decisões, e é claro, não bater.
Apesar de não parecer(por causa do ima), justamente por causa do ima esses carros são bem técnicos pra guiar, senão ou vc perde muito tempo, ou mata o carro - e o motor - ou passa reto nas entradas de curva ou lança a traseira e o carro nas saídas.
Justamente pela coisa ser bem técnica o Muniz fez de novo(a outra foi na ultima etapa da Turismo) um carro apenas bom parecer muito bom - e o Ten, também mais uma vez, fez uma grande corrida com um carro claramente difícil de andar.
- o que mudou no carro para a final: O plano inicial era colocar um pneu novo, com a mesma altura do que larguei, pra dar mais saúde na reta - mas como a pista(e o glub) mudou, decidi manter o pneu que larguei, já mais baixo - pois o compromisso entre soltar na reta e segurança e tracionar nas curvas, estava bom - virava muito rápido e estava bom de andar, apesar de requerer um pouco de cuidado principalmente na subida da bola.
Na verdade, a impressão que eu tive logo de cara durante o intervalo, foi que o ideal era um pneu mais alto do que eu estava, porém mais baixo do que inicialmente larguei, e mais importante - um pouco mais largo, menos cortado - só que, como eu sabia que os outros pilotos da final estavam pranchetando no intervalo, eu sabia que as outras fendas(sem ser a que larguei) estariam um pouco mais 'passadas' - e julguei que isso compensaria a largura de pneu a mais que me pareceu necessária num primeiro momento. Foi uma aposta calculada e controlada, e deu certo.
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